segunda-feira, 14 de maio de 2012

Fusão Itaú – Unibanco, um exemplo de comunicação!

 Por Giovanna Rossi


          No início do ano de 2009 ocorreu a fusão entre os bancos Itaú e Unibanco, que envolveu 106,92 bilhões de reais e contou com aproximadamente 4,8 mil agências, representando 18% da rede bancária. 
            A fusão estava sendo informada havia alguns meses pelos veículos de comunicação, que reservaram um espaço enorme de destaque para a notícia nos principais jornais impressos do país, além dos mais importantes telejornais que utilizaram um tempo significativo para dar a notícia. A comunicação de todos os processos e trâmites ocorreu com muita cautela e foi muito bem pensada. Desde o início das negociações, com os presidentes de ambos os bancos, passando depois pelo presidente Lula e pelo presidente do Banco Central até chegar ao público interno e externo, tudo com muito cuidado, muito bem pensado e planejado.
            Além disso, após o acerto da fusão, os dois maiores representantes de cada banco convocaram uma entrevista coletiva, sem nenhum assessor ou intermediador para esclarecer qualquer dúvida ou pergunta. Apresentaram-se em bastante sintonia, energizados e o mais importante, com muita transparência. Mas apesar de todo esse planejamento da parte da comunicação, preocupando-se na melhor forma de dar a notícia, em comunicar ao público externo, utilizando dos veículos de comunicação, etc. Como ficam os funcionários dos dois bancos? Como ocorreu a comunicação interna? Como ocorreu o planejamento para os colaboradores internos? Isso também foi muito bem pensado, e a comunicação interna não ficou de fora do plano.
            No momento em que ocorria a coletiva de imprensa, um comunicado interno foi enviado para todos os funcionários dos dois bancos anunciando em primeira mão a novidade; ao final da coletiva, um release único e exclusivo foi distribuído para imprensa. No mesmo momento, os sites dos dois bancos publicaram esse release, transformando-o num comunicado público e acessível aos clientes do banco. Além disso, os dois bancos colocaram banners em seus sites destacando a novidade para seus clientes. No período da fusão, principalmente no início dela, também houve grande preocupação em não fazer com que os funcionários e os clientes saíssem prejudicados e sentissem diferença no atendimento, ou nos serviços, no treinamento, e todas as questões que envolviam ambos os públicos. Os colaboradores dos dois bancos também receberam uma latinha com amêndoas dentro, como uma lembrancinha, que carregava os dizeres: “É com prazer que oficializamos a fusão do Itaú com Unibanco!”.
            A fusão entre o Banco Itaú e o Unibanco foi um grande exemplo de comunicação em geral e também comunicação interna, na qual os profissionais sempre se preocuparam com que as coisas acontecessem no momento e do jeito certo, para que tudo ficasse muito bem esclarecido tanto para o público externo, quanto para o público interno, sem afetar a imagem de ambas organizações financeiras.

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