Por Giovanna Rossi
No início do ano de 2009 ocorreu a fusão
entre os bancos Itaú e Unibanco, que envolveu 106,92
bilhões de reais e contou com aproximadamente 4,8 mil agências, representando
18% da rede bancária.
A fusão estava sendo informada havia alguns meses pelos
veículos de comunicação, que reservaram um espaço enorme de destaque para a
notícia nos principais jornais impressos do país, além dos mais importantes
telejornais que utilizaram um tempo significativo para dar a notícia. A
comunicação de todos os processos e trâmites ocorreu com muita cautela e foi
muito bem pensada. Desde o início das negociações, com os presidentes de ambos
os bancos, passando depois pelo presidente Lula e pelo presidente do Banco Central
até chegar ao público interno e externo, tudo com muito cuidado, muito bem
pensado e planejado.
Além disso, após o acerto da fusão, os dois maiores
representantes de cada banco convocaram uma entrevista coletiva, sem nenhum
assessor ou intermediador para esclarecer qualquer dúvida ou pergunta.
Apresentaram-se em bastante sintonia, energizados e o mais importante, com
muita transparência. Mas apesar de todo esse planejamento da parte da
comunicação, preocupando-se na melhor forma de dar a notícia, em comunicar ao
público externo, utilizando dos veículos de comunicação, etc. Como ficam os
funcionários dos dois bancos? Como ocorreu a comunicação interna? Como ocorreu
o planejamento para os colaboradores internos? Isso também foi muito bem
pensado, e a comunicação interna não ficou de fora do plano.
No
momento em que ocorria a coletiva de imprensa, um comunicado interno
foi enviado para todos os funcionários dos dois bancos anunciando em
primeira mão a novidade; ao final da coletiva, um release único e exclusivo foi
distribuído para imprensa. No mesmo momento, os sites dos dois bancos
publicaram esse release, transformando-o num comunicado público
e acessível aos clientes do banco. Além disso, os dois bancos colocaram
banners em seus sites destacando a novidade para seus clientes. No período
da fusão, principalmente no início dela, também houve grande preocupação em não
fazer com que os funcionários e os clientes saíssem prejudicados e sentissem
diferença no atendimento, ou nos serviços, no treinamento, e todas as questões
que envolviam ambos os públicos. Os colaboradores dos dois bancos também receberam
uma latinha com amêndoas dentro, como uma lembrancinha, que carregava os
dizeres: “É com prazer que oficializamos a fusão do Itaú com
Unibanco!”.
A
fusão entre o Banco Itaú e o Unibanco foi um grande exemplo de comunicação em
geral e também comunicação interna, na qual os profissionais sempre se
preocuparam com que as coisas acontecessem no momento e do jeito certo, para
que tudo ficasse muito bem esclarecido tanto para o público externo, quanto
para o público interno, sem afetar a imagem de ambas organizações financeiras.
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